segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Deus visita seu povo como Pai e Redentor

1º Domingo do Advento – Ano B – 2011



Deus visita seu povo como Pai e Redentor



Isaías  63.16b-17.19;64,2b-7

Salmo 79,2ac3b.1516.17.18.19

Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos, para que sejamos salvos!

1Cor 1,3-9

Marcos 13,33-37



Iniciamos o tempo do advento como tempo de preparação para o natal do Senhor e início do novo ano litúrgico. Durante quatro semanas, a liturgia própria deste tempo nos convida a abrir o nosso coração, para que, sejamos dóceis aos apelos do Espírito Santo que continuamente convida toda a Igreja a uma atitude permanente de conversão.



A primeira leitura nos mostra o povo eleito no exílio da Babilônia, onde reconhece e confessa o seu pecado diante de Deus, pai e redentor. Deus é para o povo exilado, o pai bondoso e rico em misericórdia. Ele é o divino oleiro. Em sua presença somos barro, isto é, matéria prima com a qual molda o homem e a sua mulher a sua própria imagem e semelhança. “Por isso, nossa identidade não pode prescindir da sua fisionomia”. Diante da eterna pergunta que nos fazemos porque ele tolera nossa liberdade rebelde, brota como que espontaneamente uma prece cheia do desejo de Deus: “Ah, se rompesses os céus e descesses! As montanhas se derreteriam diante de ti. Descestes, pois, e as montanhas se derreteram diante de ti” (v.19b e 642b). O advento é o tempo de gestação da esperança. Deus não frustrou a esperança de seu povo no exílio, mas foi ao seu encontro e o libertou. Todavia, muitos outros sofrimentos se abaterão sobre Israel, sem, todavia, Deus deixar de agir. A palavra dos profetas é uma voz que anima e conforta. Porém, será na plenitude dos tempos que as nuvens se romperão e como chuva, descerá a terra o salvador e redentor Jesus, nascido de mulher, sujeito a lei, para remir os que estavam sujeitos à lei (Gálatas 4,4-5).

O evangelho de Marcos, narra à parábola de um homem que viaja para o estrangeiro e deixa sua casa sob a responsabilidade de seus empregados. A parábola é um convite a todos, inclusive, aos discípulos: “Cuidado! Ficai atentos,...”. Sim, o dono da casa parte em viagem, mas não antes de confiá-la aos cuidados dos seus empregados, aos quais distribui tarefas variadas. Podemos imaginar como é bom o dono dessa casa. Ele confia em cada um dos seus empregados e como o homem da parábola dos talentos, confia a cada um deles, responsabilidades, segundo a capacidade de cada um. Mesmo o porteiro, que não trabalha no interior da casa, mas que tem igual responsabilidade, ele ordena: “Vigiai”. “Porque não sabeis quando dono da casa virá”. Refletindo esse texto evangélico, ele me faz perceber a ternura do dono da casa ao se despedir de cada um deles como se fosse um irmão. E é isso que ele é mesmo. Por isso, não posso deixar de ver que os irmãos que ficam o acompanham até a porta e, da porta e janelas da casa, o veem partir, enquanto lhe acenam com um até breve. Esse gesto bonito leva o Senhor a repetir a mesma palavra do início: “O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”. Sem dúvida, a vigilância não é atitude de ociosidade, mas de operoso trabalho. A casa do Senhor, é a sala onde se espera por ele trabalhando, celebrando o amor e a reconciliação. Essa casa com uma grande sala é a Igreja. Os empregados, somos todos os discípulos missionários, chamados a proclamar a justiça e a bondade de Deus e com alegria, testemunhar Jesus Cristo como a verdadeira vida dos povos e nações. O porteiro pode ser uma imagem dos que na Igreja, casa e escola da comunhão (D. A.), tem a missão de coordenar as várias tarefas e ministérios nas comunidades eclesiais, sob a presidência do santo padre o Papa.

Finalmente, o Apóstolo Paulo, agradece a Deus com fervorosa prece pelos cristãos de corinto, que foram enriquecidos em Cristo com a Palavra e o conhecimento do Evangelho. Apoiados nele e na sua palavra, cresceremos na perseverança e numa vida correta aos olhos de Deus e do mundo.


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