quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Batismo de Jesus

Batismo e tentações no deserto





Após o seu batismo, na força do Espírito, Jesus foi ao deserto onde foi tentado pelo demônio. É o Espírito de Deus que estava sobre ele que o conduz ao deserto, lugar da prova na tradição bíblica e morada dos demônios, segundo a tradição dos padres do deserto. Lá Jesus vence o diabo. O deserto ajuda a pessoa a descobrir os sentimentos e desejos do coração, dando oportunidade de fazer novas escolhas e opções. A opção e a escolha de Jesus é pela realização do projeto do Pai. "Não tentarás o Senhor teu Deus", "Só a ele servirás", "adorarás somente ao Senhor teu Deus". A vida monástica, por sua natureza, é uma vida de lutas e combates contra a tentação do ter e do poder. Mas o mosteiro é o melhor lugar para enfrentar essa luta na companhia de outros irmãos. É uma luta que enfrentamos em nome do Senhor, como outrora o jovem Davi enfrentava o gigante Golias. Nessa luta, não podemos esquecer nunca que o Senhor é o nosso "refúgio e fortaleza, torre forte na presença do inimigo" (Sl 60/61 v. 4). A tentação, como um mau pensamento, pode aparecer até mesmo num momento sagrado. São Bento nos ensina na regra a "quebrar todo e qualquer pensamento ao encontro de Cristo". O pecado do mundo tem reflexos em nós, mas podemos vencê-lo quando trocamos uma ação má, por uma ação boa. Quando fazemos o bem, deixamos o mundo melhor.

Conferência da Tarde

Vida Pública de Jesus

Durante a sua vida pública, Jesus manifesta a sua autoridadde. Mas de onde ela vem? Ele na encarnação foi concebido pelo poder do Espírito santo. Em seu encontro na casa de Pilatos, o Bom Jesus afirma ao tirano, que ele não poder nenhum sobre ele se não lhe fosse dado pelo Pai.
Em seus gestos e ações em benefício da vida do povo, quando das curas e expulsão do demônio, o povo reconhecia que Jesus tinha um poder/autoridade. E até perguntavam: de onde lhe vem esse poder e sabedoria? A autoridade que Jesus tinha lhe foi dada pelo Pai. Mas sua autoridade era serviço. Deixou isso claro na ceia de despedida.  No mosteiro, o abade e alguns oficiais recebem autoridade para servir aos irmãos. É lamentável quando não se presta esse serviço aquele que recebeu a autoridade de Deus através do voto de confiança dos irmãos. Quem recebe autoridade deve lembrar-se de que deverá prestar contas a Deus (abade na regra de São Bento). Quem tem autoridade tem também fraquezas, por isso não deve usar da autoridade para vigiar, controlar, manipular, invadir as consciências, etc.


No evangelho de hoje, Jesus nos lembra que a opção por ele pode causar divisão no ambiente familiar. A história tem comprovado essa constatação do Divino Mestre. Por isso, expressa seu desejo de "lançar fogo a terra e como gostaria que estivesse aceso!" Referia-se ao fogo do seu Espírito que derramaria sobre os fiéis no dia de Pentecostes. Vivemos agora no tempo da Igreja. a missão do Espírito Santo, além de santificar, é renovar a face da terra e promover a unidade.

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