quinta-feira, 20 de outubro de 2011

São Lucas Evangelista




Terça-feira 19 Outubro de 2011

Segundo dia de retiro - Mistérios da Visitação e do Natal - Na missa, durante a homilia, o pregador Pe. Francisco lembrou que São Lucas foi cooperador de São Paulo na missão de anunciar o Evangelho. Também nos lembrou que a missão de Jesus é nossa missão e já desde o batismo, estamos comprometidos com a evangelização. Hoje Jesus nos envia em missão. O conteúdo da pregação é Jesus, a paz que Deus oferece ao mundo, porque, "O Reino de Deus está próximo de vós". Sinal da presença do reino é a cura dos doentes. Todavia, ele nos lembra, que somos enviados para o meio dos lobos. Mesmo assim, alerta-nos para não por a nossa confiança em seguranças humanas, mas unicamente naquele que nos envia e nos acompanha com seu olhar.
Na coinferência da manhã, meditmos o mistério da visitação. No seu encontro com o mensageiro de Deus, apesar da sua pouca idade, Maria era consciente de que nela, Deus havia feito grandes coisas, como cantou no cântico em casa de Zacarias e Izabel. Essa consciência a levou a colocar-se a caminho da casa de Zacarias para oferecer seu humilde serviço a prima Izabel. Só quem está cheio do Espírito Santo é capaz de se abrir ao serviço para testemuhar o amor. Já se tornara, um pouco antes, serva so Senhor, agora, se coloca como serva da família. Ela atravessa as montanhas com a disposição de servir e comunica essa disposição ao filho que tr´s no seu seio, pois, Jesus, dirá, mais tarde: "Estou no meio de vós como aquele que serve". São Bento recomenda receber todos no mosteiro como o Cristo. Maria é recebida como o Cristo na casa da prima, o que se percebe, através da afirmação que faz Izabel: "Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhhor?". É com esse sentimento que devemos nos receber e acolher no mosteiro, pois, cada um de nós, é imagem de Cristo. Agindo desse modo, em relação aos nossos irmãos, bem como em relação àqueles que vem ao mosteiro, colaboramos para o crescimento da dignidade de filho e filha de Deus. Da gravidez ao nascimento de João Batista, Zacarias permaneceu mudo, em silêncio. Mas a figura de Maria, com sua ternura e feminilidade cheia de dignidade, bem como sua solicitude, tudo isso foi capaz de comunicar a ele a compaixão e a ternura, abrindo-se interiormente a contemplação do mistério de Deus na sua casa. Quando nasceu a criança, sua boca se abriu para entoar um grande louvor ao criador, que "visitou seu povo na paz". Claro que isso só se capta, através de uma profunda "Lectio Divina", cultivada e valorizada pelos padres da Igreja e autores cistercienses. Zacarias viveu um momento muito difícil na sua vida de fé. Mas a presença de Maria, mulher cheia de graça, lhe comunicou a compaixão e a ternura de Deus. É uma lição para que nós nos comportemos também assim, em relação aos irmãos que vivem à margem da comunidade ou ocasionam sofrimentos no convívio fraterno. Também nós, somos servos do Senhor. Como Maria, devemos nos entregar a ele sem reservas ou condições, mas com disponiblilidade total. Assim, nossos dons e talentos devem ser colocados a serviço dos irmãos do Senhor.
O Mistério do Natal - Lc 2
Todo dia é natal, porque, todo dia, Cristo deve nascer em nós, ou melhor, ele nsce em nós. Por isso, a veida monástica é sacramento da presença de Cristo. O Emanuel, o Deus-conosco, está em nosso meio. Por outro lada, a teologia nos ensina que Jesus Cristo é o sacramento do Pai - "Felipe, quem me ver, ver o Pai". A Igreja é sacramento de Cristo. Por ela, a humanidade é chamada a ver e a contemplar o rosto do Pai no rosto do Filho. Com a Igreja, a humanidade ver a presença visível do invisível. Na encarnação, reconhecemos que Deus quis entrar na hostória é de forma natural. A diferença que há é que, o que, o que é gerado no seio de Maria é obra do Espírito Santo. Agindo assim, Deus quis esperar a resposta de Maria, não lhe tirou a liberdade que é dom do seu amor. Maria não compreendeu inicialmente, quem sabe, até teve medo. É natural ter medo diante do mistério de Deus. Mas Deus quer entrar em nosso vida, em nosso mundo, como Emanuel, o Deus próximo e presente. Por isso ele vem como criança. Diante de uma criança nos sentimos fascinados. A criança, apesar da sua fragilidade, possui uma força de fascínio e admiração. Ninguém resiste a sua candura. Todos queremos segurará-la em nosso colo, acariciá-la, tocá-la, fazê-la sorrir. Assim, para vencermos o medo que se instalou após a entrada do pecado no mundo, Deus quis vir ao nosso encontro na fragilidade da criança para ser tocado, beijado, acolhido por nós. "O medo é a paixão mais profunda do homem". Mas Deus não quer prisioneiros do medo. criou-nos para a liberdade,isto é, para o amor. O Verbo, a Palavra de Deus, nasce impotente. José e Maria o protege e cuida dele até que se torne adulto. Quando São Bento fala na regra que no mosteiro, "nada seja preferido ao amor de Cristo", certamente está querendo nos ensinar que o cuidado no crescimento dos irmãos, é a doutrina que deve nortear nossas relações fraternas nas comunidade, para que o irmão, cresça na amizade com o Senhor, isto é, na vida em Cristo. A missão de uma comunidade cristã e monástica, é ajudar Cristo os irmãos a crecer na vida em Cristo. Por isso mesmo, o mosteiro deve ser o lugar, onde a divindade, unida a nossa humanidade, assume um vínculo esponsal, através de uma aliança de amor com a nossa humanidade.
 
 

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